Biodiesel

O biodiesel pode ser obtido através da reação de um óleo com um álcool na presença de um catalisador. Geralmente são utilizados óleos vegetais como soja, mamona, dendê, buriti e até mesmo óleo usado em frituras.

As gorduras provenientes de abates de animais são um atrativo econômico para a produção de biodiesel, pois a grande quantidade de resíduos gordurosos produzida implica baixo custo e disponibilidade imediata da matéria-prima em áreas agroindustriais.

Além disso, o uso de gorduras animais colabora para a redução de impactos ambientais, evitando o destino impróprio dos resíduos que não são processados e descartados corretamente.

Em média, a cada ano, são produzidos no Brasil 2,5 milhões de toneladas de gordura provenientes do abate industrial de aves, bovinos e suínos. Podem ser aproveitados resíduos como o sebo bovino, a banha do porco e óleo de aves, peixes e mocotó.

O rendimento do processo de conversão dessas matérias-primas é de 65% a 70%. Por exemplo, um quilo de rejeito animal pode gerar, em média, 650 mililitros de biocombustível.

Quando comparado ao biodiesel de óleos vegetais, o obtido a partir da gordura animal apresenta vantagens como: maior número de cetano (que mede a qualidade de ignição de um combustível para máquinas diesel e tem influência direta na partida do motor e no seu funcionamento sob carga); maior estabilidade de oxidação e menor índice de iodo (que indica a quantidade de insaturações presente na gordura).

Mas o uso de gordura animal na preparação do biodiesel é prejudicado pela sua solidificação em temperatura ambiente e pelo percentual de enxofre maior que o encontrado nos óleos vegetais, características gerais deste tipo de material.

A gordura animal, normalmente, apresenta um número elevado de ácidos graxos livres, que durante a produção do biodiesel promovem a formação de sabões ao invés de biocombustível, diminuindo a eficiência do processo e interferindo no processo de purificação.

A acidez da gordura deve ser determinada, para que haja adequação da matéria para a produção do biodiesel. Até 3% de ácidos graxos livres são toleráveis e não diminuem significativamente o rendimento da reação.

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